sexta-feira, 2 de agosto de 2013

festas juninas

  
 



     Aproveitando o espírito de discussão sobre a laicidade do estado brasileiro, decorrente do programa Na Moral da rede Globo, na noite de ontem, vou descrever um fato que aconteceu comigo e com certeza acontece com muitos outros evangélicos Brasil a fora.

   Era época de festa junina, e como sou um protestante evangélico, entendo que não me é licito participar de uma festividade quem tenha relação com algum ou alguns santo(s) da Igreja Católica Apostólica Romana mesmo senda essa festividade uma festividade folclórica, mais por essa consciência religiosa me deparei com um grande problema na minha escola, uma professora provavelmente devota de algum santo que se declara Católica que era a organizadora da festa junina e que distribua 4 pontos do bimestre para os que organizassem e dançassem na festa, como eu e mais um grupo de evangélicos se recusava a dançar, então perderíamos esses pontos por cauda da nossa consciência religiosa.

   Minha namorada tem muita dificuldade na matéria dessa professora, que leciona a disciplina de história, e seria muito prejudicada pela perda desses pontos, no recreio quando ela veio me contar a indiferença com que foi tratada quando expôs sua situação para a professora eu me indignei, com a discriminação religiosa que estava ocorrendo em uma instituição pública de um estado LAICO, reuni todos os evangélicos que consegui e que estavam passando pelo mesmo problema e fomos marcar uma reunião com a diretora da escola, quando eu cheguei em casa a primeira coisa que eu fiz foi entra na internet, baixar a Constituição Federal do Brasil, e pesquisar sobre o impasse na internet, lendo a constituição me deparei com o artigo 5º Inciso VIII que diz:

  "VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;"

   Na hora em que vi este artigo tive a certeza da ilegalidade da postura irredutível da professora, que tinha até mesmo chegado a dizer conforme fui informado por uma colega que: "pode chamar pai, pode chama até o pastor que ainda vai perder os pontos." tomei a opinião postada em um site de um advogado sobre esse mesmo assunto e redigi um uma folha expondo a ilegalidade que estava ocorrendo naquela situação. No dia seguinte entreguei aquela folha para a supervisora da minha turma que realizou uma reunião com a professora à portas fechadas e sem minha participação ou de qualquer aluno.

   Concluindo, o resultado dessa reunião foi que a professora acatou o que manda a constituição, e criou um trabalho alternativo à festa junina com o mesmo valor de pontos, e ninguém foi prejudica pela graça de Deus que nos iluminou e nos guiou até a vitória. Deixo aqui esse relato para mostrar a quem passará pela mesma situação que a minha que nós evangélicos somos cidadãos brasileiros e temos os nossos direitos e que não podemos jamais permitir que ninguém passe por cima deles, sejamos cidadãos conscientes, conhecer a bíblia e imprescindível para ter um] fé no nosso senhor Jesus Cristo e receber a salvação, Contudo devemos também conhecer a nossa Carta Magna a CONSTITUIÇÃO FEDERAL:http://200.217.71.99/data/site/uploads/arquivos/constituicao%20federal.pdf

                                                                                 Atos Henrique Fernandes

Brasil, estado laico. Será?

   Ontem eu assisti na Globo, o programa Na Moral com Pedro Bial, o debate de ontem estava em torno da laicidade do estado brasileiro, para quem não sabe o que significa ser  um estado laico, ai vai : estado laico é um estado sem religião oficial e que não toma partido de nenhuma religião, mais contudo garante o direito à pratica de todas as crenças religiosas e também assegura o direito daqueles que decidem não viver ou professar nenhum tipo de fé ou religião organizada. Sabemos que há muitos indivíduos que possuem uma fé, ou seja, creem em uma ou várias divindade(s), contudo preferem não fazer parte de nenhuma instituição religiosa e sabemos também que há aqueles que não creem em nenhuma força divina que é o caso dos ateus.

   Para debater essa questão no programa compareceram lá um representante das afro-religiões, um representante dos ateus, um pastor evangélico e líder da Igreja Assembléia de Deus Vitória em Cristo e um padre da Igreja Católica Apostólica Romana, gostaria de deixar bem claro que sou um protestante evangélico e o pastor Silas Malafaia NÃO me representa e posso garantir não representa a opinião de grande parte se não for a maioria dos evangélicos brasileiros.

   Intendo que para ser um debate democrático deve haver membros das ideologias religiosas e não religiosas que são afetadas pela religião e precisam garantir a laicidade do estado como é o caso dos ateus para discutir o tema, contudo, nós sabemos que a Igreja Católica e os evangélicos são os que menos respeitam a laicidade do estado e estão sempre querendo transformar em lei suas doutrinas religiosas.

   No papel o governo federal, os estados e os municípios não deveriam tomar partido de nenhuma religião, só que na realidade do dia a dia isso está longe de acontecer, o governo federal financiou a Jornada Mundial da Juventude e a Visita do papa Francisco, juridicamente falando se o governo não pode privilegiar todas as religiões não poderia privilegiar nenhuma, ora se um líder protestante estrangeiro quiser fazer uma visita missionária ao Brasil ele vai ter que bancar essa visita, segurança e transporte não é, então porque o papa tinha segurança das nossas forças armadas e viajou de helicóptero do exercito brasileiro, ou seja dinheiro publico, dinheiro de protestantes, umbandistas, espíritas, judeus, islâmicos, ateus e por ai vai, para bancar a visita do líder religioso da Igreja Católica. Por outro lado nós sabemos que em muitas cidades a Marcha para Jesus, evento religioso de caráter evangélico é financiado pelas respectivas prefeituras de suas cidades. É muito obvio para nos brasileiros que onde tem dinheiro público também tem determinadas legendas políticas de modo muito sutil fazendo suas propagandas eleitorais.

   Para concluir quero dizer que, enquanto os líderes religiosos e os fiéis ficarem querendo"puxar a farinha pro seu prato", ficarem querendo usar a política para obter vantagens ilícitas, nunca teremos um estado democrático de direito realmente LAICO.

                                                                                                  Atos Henrique Fernandes