domingo, 4 de agosto de 2013

evangélicos vs homossexuais

   Uma grande discussão está sendo feita ocidente a fora e o tema são os direitos homossexuais, mais precisamente o casamento gay, um tema espinhoso que a algum tempo tempo era inimaginável principalmente por causa da influência religiosa nas sociedades ocidentais, sobre tudo influencia da Igreja Católica Apostólica Romana e das Igrejas Protestantes, mas com os efeitos da secularização e principalmente da consolidação da laicidade pela maioria dos países cristãos, os homossexuais agora estão com muita pressão política pressionando parlamentos mundo a fora a legalizarem a o casamento gay e outras reivindicações dos que são homossexuais.

   Só que a contraponto dos grupos que lutam pelos direitos dos gays estão os que lutam pelos direitos religiosos, sobre tudo o direito de pregar a homossexualidade como transgressão a lei de Deus e de não realizarem cerimônias religiosas de casamento gay, medo muito justificado por parte dos religiosos, já que em muitos países casais homossexuais tentam na justiça OBRIGAR igrejas a celebrarem seus casamentos. Ora, obrigar não combina muito com democracia, não combina muito com estado democrático de direito.

   Agora se por um lado os homossexuais extrapolam em suas reivindicações, os religiosos também o fazem, principalmente aqui no Brasil onde a mídia retrata ( de forma muito parcial ) diariamente uma guera que tem como protagonistas os ativistas gays e grandes pastores pentecostais e neopentecostais como é o caso do pastor Silas Malafaia e do pastor e também deputado federal Marco Feliciano, nessa guerra fica claro que esses pastores evangélicos entre outros querem transformar o Brasil numa Teocracia, transformando doutrina protestante em lei federal, quero deixar bem claro que esses pastores tem todo o direito de lutar pela soberania doutrinaria de suas igrejas, combatendo a possibilidade de suas denominações se verem obrigadas por lei a irem contra seus ideias de consciência religiosa, algo inclusive anti-constitucional mais que muitos ativistas gays querem transformar em lei a qualquer custo, mais também reconheço que esses líderes exageram bastante indo contra o casamento gay no civil e querendo a todo custo aprovar a cura gay.

   Sou evangélico, creio que a prática homossexual é pecado e todas as suas implicações, porém, também creio que todos tem o direito de viverem da maneira que quiserem, se os homossexuais querem casar nos cartórios civis é um direito deles, afinal eles são cidadãos brasileiros, pagadores de impostos e desde que seus direitos não firam os direitos alheios eles podem sim querer que o estado brasileiros reconheça suas uniões homo afetivas como casamento. O que eles não podem é querer impor as religiões que não tem nada a ver com o estado, que lhes casem nas igrejas sendo que isso vai contra as doutrinas cristãs e também a qualquer doutrina religiosa que não aprove o casamento gay.

   Agora vale lembrar que o Brasil é um país cheio de problemas sociais como a violência, corrupção, drogas, miséria, falta de um digno sistema de saúde pública, de uma digna educação pública, e muita desigualdade social, porém vemos as igrejas evangélicas tratando exaustivamente do assunto homossexual e se esquecendo da justiça social que esse país tanto necessita, também não é para menos já que a liderança evangélica desse país graças a herética teologia da prosperidade tem se tornado uma liderança de classe média alta e também classes A e B as custas dos dízimos e ofertas do povo humilde, e uma vez que alcançado o topo da piramide econômica, simplesmente finge não ver os sofrimentos do povo pobre, aliás esse fingimento é esperado, porque se os políticos desse país resolvem trabalhar de verdade por um país em estado de bem estar social, vai ficar difícil ganhar dinheiro as custas do sofrimento do povo.

                                                                        Atos Henrique Fernandes